Entenda a diferença entre foto monocromática e fotos em preto e branco

Todo mundo que curte tirar fotos já teve contato com todos aqueles filtros e efeitos que dão outra cara para as imagens. Muitos desses editores contam com funções que transformam qualquer fotografia cheia de cores em uma foto monocromática.

É possível que já tenha lido a respeito ou até escutado alguém falar sobre o tema. Conhecendo o que são as fotos monocromáticas ou não, convidamos você a continuar a leitura deste artigo.

Traremos tudo que precisa saber sobre esse tipo de imagem e como não se confundir na hora de definir se é monocromático ou não. Acompanhe!

O que é fotografia monocromática?

A palavra “mono” significa um, enquanto a palavra “croma” quer dizer cor. Dizer que uma fotografia é monocromática significa que ela contém somente uma cor presente de formas variadas. Desse modo, a fotografia monocromática é aquela que usa uma só cor e suas diferentes tonalidades.

Muitas pessoas confundem a ideia de monocromático com preto e branco, porém uma fotografia monocromática pode trabalhar vários tons de diversas cores.

Fotos de florestas ou oceano aberto são bons exemplos disso. No caso das florestas, encontramos o verde com seus diferentes tons. Já em uma foto do oceano, temos variações da cor azul — sobretudo se houver o contato com o céu.

E o que é fotografia em preto e branco?

A fotografia em preto e branco é um tipo de registro monocromático, já que predominam os tons de cinza presentes entre as cores branco e preto. Isso fica mais claro quando pensamos na fotografia analógica, que era feita a partir da prata. Esse metal tem uma tonalidade acinzentada e a capacidade de escurecer ao ser exposto à luz. Ou seja, a fotografia analógica era monocromática em tons de cinza ou em preto e branco, assim que ampliada e positivada.

O preto e branco analógico conceitualmente deu origem ao preto e branco digital e a uma vasta exploração das cores e filtros na produção de cenas monocromáticas. Com o passar do tempo o visual ficou muito melhor. Conseguimos editar uma fotografia em cores, para que se torne monocromática. Mas podemos já na composição trazer essa estética como resultado do clique.

Quais os tipos de fotografia monocromática?

Sépia

Muito comum nos efeitos das câmeras dos smartphones e de aplicativos, bem como de redes sociais, sépia é um tipo de fotografia monocromática. Tem como característica a tonalidade marrom suave, possível por meio de um processo químico realizado na sala escura — local em que se realiza o processo de ampliação das fotografias analógicas.

Esse processo, no início da fotografia, servia para preservar a qualidade das imagens. Devido ao sépia, as fotos tinham maior tempo de vida, desbotavam menos, além de ter mais valor. Prova disso é que fotos antigas que passaram por esse processo têm muita qualidade ainda hoje.

Para atingir a tonalidade sépia, o papel fotográfico é branqueado para remover a prata metálica dele. Em seguida, é lavado e colocado em uma solução química, que dará o tom sépia a imagem. Após atingir o resultado desejado, há uma nova lavagem e secagem do material fotográfico.

O tom sépia é muito interessante para dar um ar retrô e nostálgico às fotogafias.

Cianotipia

Outro tipo de foto monocromática bastante popular é a cianotipia ou cianótipo. Ela acontece por um processo de impressão fotográfica artesanal resultante em tons de azul profundo ou ciano. Foi descoberta e realizada pela primeira vez pelo cientista e astrônomo inglês Sir John Frederick William Herschel, no ano de 1842.

Essa técnica foi popular entre os séculos XIX e XX por representar um baixo custo na reprodução de fotografias e cópias de desenhos, bem como diagramas. Engenheiros utilizavam a cianotipia para reduzir os gastos ao copiar projetos, o que se popularizou como blueprints.

O cianótipo tem como diferencial o uso apenas de sais férricos que, ao entrarem em contato com a luz UV, se transformam em imagem permanente.

Magenta

Como último exemplo dos tipos de foto monocromática, temos o tom magenta, que é uma mistura na mesma quantidade de vermelho e azul. Muito presente nos filtros e efeitos dos editores de imagens atuais, esse tom é utilizado também pelas impressoras para produzir todas as outras cores existentes.

O tom magenta foi produzido pela primeira vez pelo químico francês François Emmanuel Verguin. Ele batizou a mistura de cores em homenagem à vitória italiano-francesa na Batalha de Magenta, em 4 de junho de 1859, na cidade italiana Magenta na Lombardia.

Com o passar dos anos e o avanço da fotografia, o tom magenta se tornou primordial entre os tons monocromáticos.

Monocromático e edição fotográfica

É possível reproduzir esse tom monocromático ao usar certos editores de imagem, como Photoshop. Basta tirar a saturação para chegar ao preto e branco. Assim, é possível adicionar uma camada de cor (marcando a opção “tint”), escolhendo a tonalidade que deseja aplicar.

Independentemente do tipo, as fotos monocromáticas são lindas e trazem muito estilo ao que é retratado — pessoas, paisagens, animais e qualquer outra fonte de inspiração. Agora que conheceu um pouco sobre esse tipo de imagem, que tal tentar produzir fotos nesse estilo? Não temos dúvidas de que você arrasará!

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